domingo, 6 de maio de 2012

As cartas que eu não mando #01







Ela teve tudo o que eu não pude ter com você... compartilhou mais momentos que eu. As vezes acho que tenho raiva dela, da sorte que ela teve, as vezes não. Eu não estou conseguindo administrar essa nossa aproximação tão repentina, me sinto bagunçada, mexida, as vezes sem ar; tento não dar importância às coisas que me fala, mas quanto mais faço isso, mais fico presa em suas palavras =s
E percebo que ainda sei "tudo" de você, sei o jeito que você passa a mão sobre o cabelo, do seu jeito "metido", querendo sempre dizer a todos que é muito bom no que faz, e me corta o coração quando vejo que, com você, não é assim... que você não se lembra de nada, de nada daquela que um dia você jurou amar.
E eu luto para manter meus olhos secos. Eu juro que luto, luto todos os dias para te apagar, assim como você deve ter feito com as minhas lembranças, com as nossas lembranças...
E mesmo que eu repita pra mim, a todo instante que não valeria apena ou que não seria o melhor pra mim, o meu coração, bobo, bate descompassado toda vez que te vê e eu tento me manter segura no mundo que eu criei.
Foi o que eu pude fazer pra me manter longe desse sentimento, mas agora... agora eu estou perdida! Eu estou sentindo esse mundo, essa segurança, indo cada vez mais parar em um buraco negro.





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